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Xiaomi Mi9 SE: vale a pena? [ANÁLISE / REVIEW]

Por Wellington Arruda | 27 de Maio de 2019 às 14h52

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Xiaomi Mi9 SE: vale a pena? [ANÁLISE / REVIEW]
Xiaomi Mi 9 SE

A nova geração de smartphones da Xiaomi dá um bom destaque ao Mi 9. Mas, claro, nem todos querem um celular grande, o que fez a empresa também lançar uma versão “SE” do smartphone com três câmeras, tela grande e corpo reduzido.


FICHA TÉCNICA

Bom, vamos tentar delimitar bem quem é o Mi 9 SE e quais são as diferenças dele para o Mi 9. A principal é que o modelo menor é muito mais confortável de ser usado com apenas uma das mãos. Ele é menos pesado e nas dimensões também é menos alto, largo e espesso.

Sua construção é em vidro (Gorilla Glass 5) nos dois lados e alumínio nas laterais. Esteticamente eles são muito parecidos, como no vidro curvo nos cantos e posição de entrada e botões. O SE herda a câmera muito saltada, a falta da entrada P2 e não traz certificação contra água/poeira.

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Ele também conta com um sensor infravermelho para controlar TVs e outros eletrônicos, mas não tem o LED de notificações ou o “Botão AI” do Mi 9. Mas aqui nós temos o modo always-on e gestos da interface – como de navegação, para acordar a tela e afins.

O leitor biométrico dele também está sob o display, mas apesar de ser como o do Mi 9, a leitura demora mais alguns instantes. Ah, e o desbloqueio facial a própria fabricante afirma que pode ser burlado, embora seja bem rapidinho.

No Mi 9 SE, a tela é de de 5,97” contra 6,39” do Mi 9. O painel segue AMOLED com brilho forte, bons ângulos de visão e resolução 1080p*, adicionando suporte a conteúdo em HDR e calibração manual de cores.

A qualidade da tela, então, é muito boa. A reprodução é nítida, os tons escuros são profundos, há uma boa relação de contraste e bom tempo de resposta. A saída de som dele é menos potente do a do irmão maior, que apresenta menos distorções e um áudio menos “metalizado”.

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Algo interessante, no meio disso, é que os microfones do Mi 9 SE apresentaram melhor desempenho. Ele tem menos eco, por exemplo, mesmo em ambientes internos ou externos.

Essa edição do Mi 9 traz poucas diferenças de usabilidade, já que a MIUI 10 roda nos dois celulares sob o Android 9 Pie. Para sentir diferenças específicas de fluidez e afins, só comparando na mão o Snapdragon 855 com o 712*, presente no Mi 9 SE. Claro, o SD855 tem mais capacidades, é bem mais rápido e tem melhor processamento gráfico.

Por exemplo: jogos pesados rodam fácil no Mi 9; o desbloqueio de tela é pouca coisa mais rápido, bem como a troca de apps; o app de câmeras captura e renderiza com mais facilidade (notavelmente no modo noturno); além do tempo de resposta dos apps.

Mas o Mi 9 SE é bem fluido, também. As animações da MIUI são leves, os apps iniciam rapidamente, ele roda jogos com bom desempenho gráfico para um intermediário; e aqui um detalhe de uso: com 6 GB de RAM, ele mantém um bom número de apps em segundo plano.

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Na bateria o Mi 9 se sobressai com mais facilidade: são 3.300 mAh contra 3.070 mAh do Mi 9 SE. Em testes de estresse, o modelo maior obteve -7,5% de descarga média por hora, contra -7% do menor. No dia a dia, o SE teve uma média de 4 a 5 horas de tela ligada, o que conseguimos dividir em dois grupos:

• Usando menos intensamente: 24 horas ligado, com 4h de tela;
• Usuários mais ativos: as mesmas 4-5h de tela, porém com 15 horas ativo.

Vale lembrar que ele também vem com o carregador de 18W na caixa, mas não tem carregamento por indução.

O Mi 9 SE tem a mesma câmera de 48 MP (f/1.75) e a de selfies com 20 MP (f/2.0) que fica no notch/entalhe. Ele é uma bela opção para fotografias, visto que os sensores extras são versáteis e mantém detalhes, cores vívidas e têm bom balanço de branco. Mas, claro, aqui vão as diferenças:

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• O sensor telefoto do Mi 9 tem 13 MP, e o de ângulo aberto tem 16 MP e captura 117 graus – ambos f/2.2;
• O sensor telefoto do Mi 9 SE tem 8 MP, e o de ângulo aberto tem 13 MP, mas captura 123 graus – ambos f/2.4.

Os dois podem gravar em 4K, mas apenas o Mi 9 faz isso com 60fps; em câmera lenta, a versão maior também é capaz de gravar em 240fps e 960fps a 1080p, embora o Mi 9 SE filme em 120fps nesta resolução. Ele atinge os 960fps em 720p.

O desempenho em baixa luz é melhor no Mi 9, mas o Mi 9 SE também faz um trabalho bacana. Especialmente em locais bem iluminados e/ou abertos, as fotografias são facilmente aceitáveis e com uma boa gama de possibilidades.

No fim das contas, o Mi 9 SE é uma opção muito boa de intermediário premium. Ele tem um bom conjunto de câmeras, display grande, suporta as bandas de rede do Brasil*, tem desempenho satisfatório e, por último porém importante, é mais compacto.

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Ele também suporta dois chips de operadora, tem NFC e Bluetooth 5.0, como seu irmão maior. No caso, o Mi 9 seria mais indicado para quem precisa de uma tela ainda maior, bateria mais confiável, grande poder de processamento e câmeras com mais capacidades. O valor estipulado para o Mi 9 SE é de 349 euros.

Agora, para você que chegou até o fim desta análise, aqui vão alguns bugs que presenciamos durante os dias de uso com o Mi 9 SE. É válido citar que, ao buscar pelos mesmos bugs em fóruns, encontramos poucos resultados semelhantes, o que nos leva a crer que o problema foi nesta unidade testada pelo Canaltech.

Por outro lado, se você se deparar com algum (ou alguns), pode nos dar um toque também aqui nos comentários:

• O mais comum de todos foi o celular “travar” a tela, perder o sinal de rede e só voltar a buscar sinal depois de ser desbloqueado;
• O sistema chegou a deixar de responder em duas ocasiões: neste caso, ele literalmente não respondia aos toques e, quando tocamos em apps como o WhatsApp, ele abria o app de Mensagens do sistema;
• A Central de Notificações também deixou de responder em alguns momentos, funcionando apenas para “rolar” e ver o conteúdo, mas não permitia clicar em nenhum ícone;
• Quando o modo “não perturbe” foi ativado, alguns fones de ouvido também ficavam “mudos” até que o modo fosse desativado.