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Análise | Samsung Galaxy S10+: a melhor tela em um smartphone

Por  Joyce Macedo  | 

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Análise | Samsung Galaxy S10+: a melhor tela em um smartphone
Galaxy S10 Plus

A Samsung convidou o Canaltech para testar os novos modelos de smartphones e conhecer de pertinho esses recursos, mas antes de tudo vamos entender quem é quem.

O Galaxy S10e, que é o caçula da família, tem tela de 5,8 polegadas e três câmeras (uma frontal e duas traseiras). Já o Galaxy S10 tem 6,1 polegadas e quatro câmeras no total (uma frontal e três traseiras), enquanto o Galaxy S10+ tem 6,4 polegadas e 5 câmeras (três traseiras e duas frontais).

Também existe uma versão 5G do aparelho sendo distribuída em alguns países em que a tecnologia já está mais avançada. Este possui tela de 6.7 polegadas e uma câmera 3D a mais que os seus irmãos.

Bom, agora que todo mundo foi devidamente apresentado, vamos focar no Galaxy S10+, já que estou usando o aparelho desde o evento global de lançamento que rolou em São Francisco.

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DESIGN, DISPLAY E MULTIMÍDIA

Ao abrir a caixa já damos de cara com o mote da campanha da Samsung para os Galaxy S10 que é impossível passar despercebido: "Unnotch your phone". Lembrando que este adesivo não virá nos modelos comercializados, mas ele nos mostra bem a diferença que faz a presença de um notch na parte superior da tela.

O design do Galaxy S10+ traz uma tela curva e elegante num corpo de vidro (ou cerâmica nas versões mais parrudas do S10+) com uma moldura em metal que oferece mais tela do que o antecessor S9+: são 6,2 polegadas do modelo antigo contra 6,4 polegadas no atual, tendo o mesmo tamanho que o S9+.

O aparelho cedido para testes é branco e tem um efeito prismático muito bonito. Mas o Galaxy S10+ também é vendido nas cores preto, verde, azul e em dois novos modelos premium: Preto Cerâmica e Branco Cerâmica.

Na parte frontal, o vidro é protegido pelo Gorilla Glass 6, que promete ser duas vezes mais resistente do que o 5, e o smartphone possui certificação IP68, que permite contato com água até 1,5 m por 30 minutos.

O Galaxy S10+ tem uma pegada boa na mão e é impressionantemente leve, pesando só 175 gramas – com um acréscimo de 23 gramas no caso do corpo em cerâmica.
A gaveta híbrida que aceita dois SIM cards ou um SIM card e um cartão microSD, fica na parte superior.

Para a alegria de muita gente, a Samsung manteve a entrada de 3,5mm para fones de ouvido, que por sinal está ao lado da grade do alto-falante principal, localizado na parte inferior do Galaxy S10+.

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O som é estéreo e otimizado pela AKG com suporte a Dolby Atmos. Durante os nossos testes, o resultado foi bem agradável e com boa preservação dos detalhes de cada som e sem distorções que incomodam muito no volume máximo.

Apesar das três câmeras, a parte traseira ainda parece mais clean do que o S9+, que trazia também o sensor de impressões digitais junto das câmeras. Isso porque a Samsung trouxe esse método de desbloqueio para a parte frontal, embaixo da tela e com tecnologia ultrassônica.

Agora é só colocar o dedão na tela no lugar que fica o sensor ultrassônico para realizar o desbloqueio. Além de ser mais seguro, pois faz a leitura dos contornos 3D da nossa impressão digital, como uma versão beeem reduzida de um aparelho de ultrassonografia. Essa tecnologia também funciona melhor em temperaturas altas ou muito baixas, com a mão molhada, com creme, entre outras coisas que costumam atrapalhar o desbloqueio por digital.

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E para o display, a empresa optou por usar a tecnologia Infinito-O (falando no bom português), não utilizando de recortes abruptos e sem harmonia. Para isso, a Samsung usou uma tecnologia proprietária de corte a laser para criar um pequeno buraquinho na tela que abriga uma série de sensores e tecnologia de câmeras para maximizar o espaço livre na tela.

Aliás, a tela do Galaxy S10+ é uma atração à parte e realmente rouba a cena. Desta vez, a Samsung optou por usar uma tecnologia chamada AMOLED dinâmico. Evolução do Super AMOLED, o tal dinamismo oferece um aumento de 14% no brilho da tela se comparada ao S9, de acordo com a própria fabricante. A média atingida pelo S10+ é de 800 nits, chegando a picos de 1.200 nits, de acordo com o DisplayMate. Para quem não está acostumado com o termo, os nits indicam a intensidade de brilho, e quanto mais alto, melhor ele permite ver a tela debaixo de sol muito forte, por exemplo. A resolução padrão é Full HD+ e pode ser trocada para Quad HD+ nas Configurações.

Na prática, o resultado de tudo isso são cores vibrantes, uma amplitude de tons impressionante e muito contraste, além de pretos bem profundos (preto mesmo, nada de preto acinzentado por conta de emissão de luz), brancos mais brilhantes e maiores ângulos de visão.

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Outra novidade é o suporte ao HDR10+, uma tecnologia anunciada na linha de TVs da Samsung ano passado e que agora chega aos smartphones. Ele traz um mapeamento dinâmico dos tons, oferecendo melhores definições de cores, contrastes e brilhos por área da tela. Tudo isso é feito automaticamente (não dá pra fazer edição). Dentre as criadoras de conteúdo que estão apostando no HDR10+ está a Amazon, que já oferece algumas opções para assistir no seu serviço Amazon Prime.

Um detalhe importante para a saúde dos nossos olhos e também para quem tem dificuldades para dormir depois de ficar usando o celular à noite é que a família S10 altera a frequência e reduz a intensidade do azul (menos 42% em comparação ao S9; e se ligar o filtro de luz azul reduz ainda mais). O recurso trabalha tanto na frequência quanto na intensidade da luz.

DESEMPENHO E SOFTWARE

No Brasil, o Galaxy S10+ chega equipado com o Exynos 9820. A fluidez do sistema está realmente interessante, sem travamentos e transições rápidas entre as telas e aplicativos. De acordo com a Samsung, o consumo de bateria caiu 15% em relação ao S9, com um aumento de até 21% na performance da CPU e 37% na GPU.

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O smartphone também possui suporte ao Wi-Fi 6 da próxima geração, que oferece acesso prioritário e quatro vezes mais rápido do que outros usuários em áreas lotadas, como aeroportos, por exemplo. Outra grande novidade é que agora também é possível encontrar o Galaxy S10+ com até 12GB de RAM e 1TB de armazenamento interno e capacidade de adicionar um cartão microSD de 512 GB. Ou seja, dá para ter até 1,5 TB de armazenamento no seu bolso.

O Galaxy S10+ já chega com a nova interface One UI, uma otimização da Samsung em parceria com a Google para o Android 9 Pie. A evolução do sistema é realmente impressionante, principalmente no que diz respeito a usabilidade da tela grande. Agora, a interface concentra elementos que exigem interação ou alguma ação do usuário na parte inferior da tela, enquanto a parte superior fica com elementos de visualização, como os títulos e as horas.

A Samsung alterou alguns dos seus ícones de aplicativos e também apostou nos cantos mais arredondados. Agora temos o Modo Noturno na interface do novo Galaxy e também nos aplicativo deixando o uso mais agradável. Ponto para a Samsung. É possível, inclusive marcar um horário, data ou local para ativar automaticamente o modo noturno. Agora também dá para navegar pelo sistema usando gestos criados pela própria Samsung.

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Para incrementar a segurança dos dispositivos, a Samsung também traz uma parceria com a McAfee, que oferece um antimalware da empresa pré-instalado no Galaxy S10. Quem optar pela proteção extra pode acioná-la no menu de configurações.

Passando para a assistente virtual Bixby, agora existe a opção de usar o recurso Rotinas do Bixby para configurar aplicativos ou tarefas usados com frequência ou em situações específicas de hora, local e ação correspondente.

BATERIA

Entrando no quesito bateria, o Galaxy S10+ tem 4.100 mAh contra 3.500 do Galaxy S9+.

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Durante nosso uso rotineiro do S10+, a bateria chegou até o final do dia com tranquilidade, sobrando até 30%. Ele permaneceu ativo por cerca de 21 horas, com média de 6 horas de tela ligada.

Já no teste de estresse com streaming contínuo com a tela em sua qualidade e brilho máximos, a descarga foi de cerca de 12% por hora. No carregamento, em 30 minutos, cerca de 40% da bateria está preenchida, com a carga completa acontecendo em cerca de 1h30.

É possível selecionar entre quatro modos de energia que variam entre alto desempenho, com brilho e resolução máximos, até uma economia máxima de energia. Além disso, também existe a opção de ativar o modo de energia adaptável nas configurações do aparelho para que o sistema defina automaticamente o melhor modo de energia a ser usado de acordo com os seus padrões de uso.

Outra novidade é a chegada do Wireless PowerShare, ou compartilhamento de bateria sem fio, permite que qualquer dispositivo que aceite carregamento por indução com certificação Qi seja carregado por um Galaxy S10. É só ativar o recurso no dispositivo que vai fornecer energia e colocar o receberá a carga na parte traseira dele. É possível deixar o S10 carregamento na tomada e o outro dispositivo por cima e os dois são carregados simultaneamente.

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CÂMERAS

Finalmente chegamos ao tema que muita gente quer saber: câmeras. O Galaxy S10+ traz um conjunto de três câmeras traseiras

  • Teleobjetiva de 12MP com abertura f/2.4 que permite zoom óptico de 2x
  • Wide de 12MP com abertura dupla f/1.5 ou f/2.4 que faz grande parte do trabalho
  • Ultra-wide de 16MP e campo de visão de 123 graus, ideal para paisagens ou grandes grupos de pessoas

A opção com abertura dupla permite um melhor ajuste da luz antes que ela toque o obturador, melhorando a qualidade tanto de dia quanto a noite. Falando em fotos noturnas, o foco automático se mostrou rápido nos testes e os ruídos baixos na maioria das situações. Além disso, o HDR mantém tons mais naturais.

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Além dos sensores, a Inteligência Artificial também trouxe melhorias para a câmera nativa do Galaxy S10+, como o Guia de Composição de cena, que traz alguns indicadores na tela para ajudar a tirar uma foto melhor e com o horizonte mais correto, por exemplo. O recurso aparece como um “alvo” em formato de bolinha para encaixar o centro. Quando a foto estiver no seu melhor prumo, de acordo com o entendimento do sistema, ele fica amarelo e a foto é tirada automaticamente.

O Otimizador de Cena também foi incrementado e passou a reconhecer até 30 temas (antes eram 20), incluindo incluindo roupas, várias pessoas, bebês, sapatos, palco, diferença entre gatos e cachorros, e até mesmo o reconhecimento de cena chamado "visão noturna", que tenta otimizar imagens com baixa luz para que fiquem mais claras.
Outra novidade presente nas câmeras traseiras é a possibilidade de ativar o Superestabilizador de cena, que suaviza os vídeos em movimento e promete ser uma opção às câmeras de ação. Ele faz isso usando a câmera do ultra-ampla filmando em FullHD e recortando a borda para 75.6 graus, em comparação com um recorte de 60 graus da geração anterior. Além disso, também é possível capturar imagens em HDR10+, além de filmar em 4K a 60fps.

Passando para a frente do aparelho, temos dois sensores: uma câmera de profundidade RGB de 8MP e outra de 10MP com abertura f/1.9. As novidades aqui ficam por conta da possibilidade de gravar vídeos selfie em 4K e oferecer fotos com quatro opções de Foco dinâmico que alteram o fundo e dão uma carinha mais artística para as imagens. É possível desfocar, girar, dar zoom ou destacar um ponto tirando a cor do fundo, tudo com controle de intensidade e possibilidade de alteração mesmo depois da foto ter sido tirada.
Outra curiosidade aqui é a presença do Bixby Vision, que é uma ferramenta que usa inteligência artificial para reconhecer objetos ou pessoas e utilizar imagens em realidade aumentada para, por exemplo, ver como ficariam um determinado modelo de óculos no seu rosto.

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Ah, também tem novidade no My Emoji, que agora reconhece quando mostramos a língua e outras expressões faciais, movimentos corporais, além de trazer uma aparência mais natural, com proporção mais equilibrada entre tamanho da cabeça e corpo.
O esperado modo Instagram também está aqui. Ele permite usar a câmera do próprio smartphone para fazer fotos e vídeos e postar diretamente na rede social, sem precisar sair do app de câmera. A melhora na fluidez e qualidade dos vídeos é notável e deve agradar aqueles que sempre reclamaram da qualidade das imagens do Android na rede social.

VALE A PENA?

Os novos Galaxy S10 chegam para comemorar 10 anos da linha Galaxy S, mas a Samsung diz que a ideia aqui não é olhar para trás, mas sim para o futuro e definir uma nova geração de smartphones. E isso é notável, já que os novos aparelhos nos fazem lembrar mais da linha Note do que dos seus antecessores.

Para quem não gosta do famigerado notch, a solução do Infinity-O é menos agressiva e não nos distrai tanto quanto a "franja" vista na maioria dos dispositivos atuais. Além disso, a equipe de engenharia da Samsung mostrou que dá para embutir muita coisa ali na tela sem precisar apelar para a faixa preta no topo da tela.

O Galaxy S10+ chega para atender um público mais exigente e, obviamente, mais qualidade demanda mais investimento. Então se você está disposto a pagar um valor considerável (o Galaxy S10+ custa a partir de 999,90 dólares no seu lançamento internacional) por um dispositivo premium, com recursos avançados, câmera versátil e desempenho sem engasgos, então o Galaxy S10+ deve entrar na sua lista de possibilidades.